29 janeiro, 2012


Matthew Perryman Jones
Out Of Reach

28 janeiro, 2012

Carrossel

A vida é um carrossel
Dançando à volta de espelhos
Subo, desço e subo...
E continuo naquele ciclo enjoativo

Se quero conhecer quem realmente sou?
Basta olhar para o meu reflexo.
Esse é o espelho da minha alma.

As acções  passadas, os meus pensamentos mais profundos,
Ficam no passado esperando,
para virem ao de cima de novo.

E o futuro?
Continua à espera que eu observe o passado,
para melhorar o que vem a seguir.

Não vale a pena fechar os olhos com força
A vida continua lá,
dançando como um carrossel,
à volta dos espelhos,
naquele ciclo vicioso,
mostrando o que sou
e o que fui.


Rachel Diggs
Hands of time


Enfim, é daqueles momentos em que escrevemos mil e uma coisas que nem nós compreendemos. Enjoy.

27 janeiro, 2012

adormecer

Querido sono, como sabes, nestes dias de frequências e exames, dias em que a minha vida tem andado um caos, não tenho precisado de ti por perto. Tenho-me servido de muita cafeína para te afastar, porque tu desconcentras-me a vista. Mas esses dias já passaram. Agora quero-te de volta e tu, como teimoso que és, não queres vir até a mim. Já percebi que tu e a sangria são grandes amigos e que quando um vem, o outro vem logo atrás, por isso comprei uma garrafa de litro e meio só para mim, para quando cair a noite, eu ter a certeza que vais andar por perto.



Com grandes saudades,
da tua amiga mais preguiçosa e sonhadora Diana.


Eis uma boa badalada para adormecer:






Sleeping at last
Turning page

17 janeiro, 2012

Valor

As pessoas já não dão o devido valor a nada. As pessoas andam pela rua num passo apressado, pensam na sua própria vida, no seu próprio umbigo, na sua própria maneira de se melhorar a si mesmas e muitas das vezes nem se apercebem que há outras pessoas à volta que merecem que pensem nelas também. Andar numa rua e nos desviarmos das pessoas já é reflexo. Não há gosto por fazer um amigo, um namorado, um familiar feliz. A maior parte das vezes dá-se um bocadinho de atenção porque tem de ser, como uma obrigação, como um dever que tem de ser cumprido. Eu não consigo, de maneira nenhuma, ser assim. Sinto imensas saudades de coisas às quais não lhes foi atribuída a devida importância e por isso, hoje em dia, não passam de meras recordações esquecidas algures no tempo. Tenho pena que assim seja. Mas como diz William Shakespeare, “chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras”.



Julia Stone
The Memory Machine

12 janeiro, 2012

"Viver sem ter amado, é como não ter vivido de todo"

O que eu observo a maior parte das vezes é que, por muito que a pessoa tente sentir o mesmo em relação a outra, acaba sempre por mudar. Já nada é para sempre. Acredito que as pessoas se esforçam para manter uma relação, mas a realidade é que algum dia vão ter a  necessidade de sentir outras coisas, de procurar conhecer melhor outras pessoas, de serem livres por algum tempo. Já não fico tão depressiva quando acabo uma relação como costumava ficar. Para quê? Existem mais 6 biliões de pessoas no mundo. Uma separação não é de todo o fim, mas o começo de um novo amor que está para vir.


10 janeiro, 2012

preciso de...

Já perdi a noção de há quanto tempo não estou só e apenas eu com a minha consciência. Habitualmente sou eu com os livros, eu com os colegas, eu com funcionários da escola, eu com a colega de quarto, eu com as "bezerâncias" dos outros, eu com o barulho dos vizinhos, eu com este, eu com aquele. Há tanto tempo que não vou passear à rua só por passear. Não me é dada a oportunidade de estar sozinha, a ler um bom livro, a beber um café numa esplanada, a pensar, a descontrair, em paz de espírito. Não é possível estar sossegada com as minhas ideias a deambular enquanto o silêncio paira no ar.
Silêncio.
Preciso tanto de silêncio.  


Julia Stone
Catastrophe

09 janeiro, 2012

Sempre disse que o que faz o mundo girar é o amor. Eras capaz de viver sem ninguém  neste mundo que gostasse de ti, que cuidasse de ti, que fizesse o melhor por ti? Eu não.



Bruno Mars
It will rain

Violador de Telheiras

Henrique Sotero, conhecido como o violador de Telheiras, por durante mais de dois anos abusou de  mulheres e adolescentes daquela zona de Lisboa. Foi apenas condenado a 25 anos de prisão a 13 de Setembro de 2011. O indivíduo raptou, roubou, violou, ameaçou e ofendeu corporalmente. Foi considerado culpado de 71 dos 73 crimes de que era acusado. Ora estes crimes de que era acusado davam uma pena total de 230 anos, mas como a pena máxima em Portugal é de 25, lá se deu só os 25 ao indivíduo.

Isto para mim não é justiça. Se a justiça estivesse a agir correctamente, no mínimo tinham-no castrado para garantir que nunca mais na sua vida ia fazer mal a alguém ou de sequer sentir prazer de o fazer.

Vi o indivíduo na televisão e digo-vos, ele está de perfeita saúde, tanto mental como física e não mostra quaisquer remorsos ou arrependimentos pelas barbaridades que fez.

Nem sei como é que ele ainda continua de pé. Tantas vítimas e nehuma delas se atreveu a fazer alguma coisa para se defender. Se algum dia eu for violada ou algum filho/a meu/minha como aquele senhor fez com raparigas 5 anos mais novas que eu, eu juro por tudo que essa pessoa não vai sobreviver. E não vou ser muito simpática no meu modo de punição. 

Onde é que anda o instinto de sobrevivência das pessoas?



I spit on your grave theme

08 janeiro, 2012

revolução no cinema

Não consigo perceber porque é que em todos os filmes de terror tem de haver gajas histéricas que gritam mais do que choram. É que parece que é tudo igual. As pessoas reagem às situações de formas diferentes, porra! Ainda existem pessoas que mesmo em situações difíceis, são capazes de raciocinar mais com a cabeça e de arranjar uma maneira de saírem da trapalhada em vez de andarem a gastar energias a gritar como tolos e não resolverem nada. E ainda são capazes de nem dar um piu enquanto pensam. É preciso revolucionar o mundo do cinema. Sejam capazes de se pôr no lugar de personalidades diferentes. Reparem só no filme "The Ring". Por acaso veem a Naomi Watts a gritar e a espanejar quando cai num poço bem fundo onde uma miúda caiu e morreu após 7 dias? Não me parece. Mais criatividade se faz favor.



The Ring
Rachel's Quest

06 janeiro, 2012

São 02:35h da manhã, hora que cheguei a casa. Foi a primeira vez em dois meses que saí à noite  depois do acidente. Ainda ando de canadianas e normalmente as pessoas olham-me de cima a baixo com alguma pena e solidariedade. Aos poucos vou começando a ganhar a vida que tive no meu primeiro mês em Leiria. 

PS: Apesar de tudo adoro esta cidade. Tenho um feeling que ainda há muitas coisas boas reservadas para mim por cá.  




Boss AC
Sexta-feira

05 janeiro, 2012

Choro às 7h da manhã

Estou cansada e revoltada por ter de viver neste inferno de residência. Tudo o que eu tenho que realmente posso dizer que é minha propriedade é a cama, a secretária e o guarda-fato. De resto nem a comida posso ter salvaguardada. Neste momento divido quarto com uma veterana num corredor onde há mais 14 raparigas. Somos 16 pessoas para uma cozinha só, dois frigoríficos e duas casas de banho. Raramente vou à cozinha jantar porque existem criaturas que insistem que têm de estar lá sentadas a conversar depois de já terem jantado e arrumado as suas coisas. Chego a casa cansada ou com o intuito de ir estudar e isso nunca me é possível. Pego nas minhas coisinhas, engessada, e desloco-me para a sala de estudo fria como neve que está ao lado. Quero chegar a casa e não ouvir mais nada a não ser os carros que passam na rua mas tenho sempre de ouvir ruídos à mistura. Tenho de viver condicionada e sempre sobre a vista dos outros. Não posso convidar ninguém para dormir cá ou sequer para jantar. Não é permitida a entrada de não residentes. Também há dias em que não vejo rapazes ou os vejo muito ao longe uma vez que estou constantemente rodeada por gajas...

Isto não é de todo vida para ninguém.


Estou só há espera de receber a indemnização pelo atropelamento. Depois disso arranjo uma casa só para mim se for preciso e não vou precisar do dinheiro dos meus pais por muito tempo.



Jason Walker
Echo

03 janeiro, 2012

pensar

No 11º ano, quando ainda tinha filosofia, ouvi o meu professor dizer que havia um filósofo qualquer (esqueci-me do nome) que dizia que "não há pensamento sem palavra". Na altura pensei "devo ser muito diferente dos outros porque isto a mim não me acontece". E confiei nas palavras do dito senhor. Há bem pouco tempo confirmei que, apesar de ser novinha e de anda não compreender bem como é que as coisas funcionam, tinha toda a razão quando pus em causa o que o desgraçado do filósofo tinha concluído.
Ora, se isto fosse verdade nós explodíamos o nosso cérebro de tanto pensar. Nós pensamos 10, 20, 30, 100  vezes mais depressa do que falamos (dependendo da pessoa). Estão a ver aqueles filmes em que aparece uma pessoa que está calada mas a pensar e ouvimos a voz de fundo do pensamento dela? Isso é completamente ridículo. Se pensássemos dessa maneira, vejam só o tempo que demorávamos a pensar que a equação de uma recta é igual a mx+b ou que a cozinha precisa de ser arrumada mas não nos apetece.

Exercício:
Lê esta frase e depois pensa-a (por palavras) "Tenho de ir à rua dar comida ao cão, mas não sei o que lhe hei-de dar. Tenho de ir comprar ração à loja. Por hoje o cão vai comer os restos de comida de ontem".

Demora imenso tempo! Automaticamente uma pessoa faz um raciocínio instantâneo. Levanta o rabo do sofá, vai dar comida o cão e ponto final. É só uma questão de olharmos para nós e vermos o que é que nos acontece. Enfim, tinha de descarregar estas ideias brilhantes e complicadíssmas de perceber...

01 janeiro, 2012

Entrei com o pé errado este ano

Hoje levantei-me às 8h. Aprontei-me. Fiz o resto da mala.
Fui até ao carro. Viajei durante 45 minutos até à Madalena.Cheguei à Madalena.
Comprei bilhetes de barco. Joguei o jogo do sério. Perdi.
Entrei no barco. Viajei durante 30 minutos até ao Faial.
Cheguei ao Faial. Fui procurar um táxi. Viajei durante 15 minutos até ao aeroporto.
Cheguei ao aeroporto. Fiz check-in.
Fui comer. Bebi o primeiro café. Fui me perfurmar à loja de baixo.
Passei nas máquinas. A máquina apitou. Revistaram-me (apalparam-me).Embarquei.
Viajei durante 2h e 10 minutos até Lisboa. Comi pela segunda vez e bebi o meu segundo café.
Dormi. Acordei. Cheguei a Lisboa.
Fui procurar um táxi. Viajei durante 15 minutos até Sete Rios.
Cheguei a Sete Rios. Fui comprar o bilhete para o expresso.
Chegou o expresso. Um rapaz ajudou-me a levar as malas. Entrei no expresso.
O rapaz queria era falar. Finalmente parou de falar.
Perguntou se eu queria o número dele. Não respondi. Ficou assim mesmo.
Viajei durante 2 horas e 30 minutos até Leiria.
Cheguei a Leiria. Viajei mais 5 minutos no carro da Inês até casa. Cheguei a casa.
Comi. Fui para o rés do chão. Vi um casal a ver o filme Avatar.
Fiquei enjoada. Detesto o Avatar.
Bebi o meu terceiro café.
Agora vou estudar. Tenho frequência amanhã.


Eu só entrei com o pé esquerdo este ano porque o outro está partido.


(Sem música melhor para pôr)




Blink 182
Going away to college