26 outubro, 2015

O mundo é para ti o que tu és para o mundo.


A grande maioria das pessoas, tem o grande vício de atirar as culpas, ou seja, a batata quente aos outros ou a algo quando mais lhes convém. Eu não sou diferente. Quando surge uma dificuldadezinha, as pessoas dizem a si mesmas "Ai, coitado/a de mim! Ai, a culpa é toda da distância! Ai, a culpa é toda é toda da gravidade! Ai, a culpa é toda do aquecimento global!" e, a mais clássica é "O mundo está todo contra mim!" Não, amigos, nós é que muitas vezes estamos contra o mundo. 
Temos de meter uma coisa nas nossas cabeças: aquilo que nos acontece de mal é única e exclusivamente culpa nossa e de mais ninguém. Eu acredito cegamente que quem quer e acredita, consegue e atinge sem dificuldade. O mundo arranja sempre uma maneira de resolver os problemas se formos positivos, persistentes e, mais do que tudo, crentes naquilo que nos faz felizes. O mundo é para ti o que tu és para o mundo. Tão simples quanto isso. 
Assim, aquilo que me está a acontecer é minha e só minha por ter deixado de pensar positivo. Há que mudar a forma de pensar outra vez.

20 outubro, 2015

Oh, estranho! Tu, sim.

É possível que sejas um estranho para mim. Provavelmente, vives num lugar muito maior do que o meu. Pode ser que nunca tenhamos tido  a oportunidade de  passarmos na vida um do outro. Até podemos já nos ter cruzado e tu não teres reparado em mim, assim como eu não reparei em ti. Podemos ter falado um com o outro, mas a coisa não de proporcionou. Talvez,  o timing não tenha sido certo; não estávamos dispostos a ir mais longe por termos o coração partido;  conversámos sobre assuntos tão banais que não despertaram atenção. Enfim, uma infinidade de possibilidades.
Eu sinto que irás aparecer na minha vida no momento mais inesperado. Sabes, espero que também assim seja para ti. As melhores coisas da vida surgem quando menos esperamos.
Um dia vais olhar para mim, eu vou olhar de volta e, naquele momento, vamos perceber que devemos ficar juntos porque combinamos na perfeição como ouro sobre azul.
Seremos verdadeiros amigos. Contar-te-ei sobre as minhas aventuras, episódios e infância e adolescência, paixões e desilusões, o meu gosto pelo desenho, pintura, música, cinema, livros... Tu contar-me-às as tuas memórias de volta. Iremos falar durante horas sem nos fartarmos um do outro. Riremos juntos como perdidos das nossas tolices e, noutras alturas, iremos falar seriamente sem pingo de brincadeira.
Serás uma pessoa inteligente, generosa para com os outros, de opiniões fortes, cheia de sonhos e objetivos, de mente aberta, linda, intensa.
Às vezes irás dar-me um beijo só porque sim ou irás fazer-me umas carícias na cara de tão meigo que és de tempos a tempos. Eu dar-te-ei imensos beijinhos na depressão do olho à beira do nariz e tu deixar-me-ás fazê-lo porque sabes que eu adoro esse lugarzinho tão meu.
O teu toque irá deixar-me cheia de arrepios pelo corpo e os teus beijos serão tão intensos que ficarei trémula de desejo por ti, e só por ti. Nas noites mais frias, iremo-nos agarrar um ao outro mais na cama à procura daquele calorzinho agradável que tanto gostamos. Irei habituar-me a dormir contigo e tu também. Naqueles dias em que não dormirmos juntos, iremos estranhar e rebolar na cama à procura um do outro a meio do sono.
O teu cheiro será o meu perfume preferido assim como a tua voz será música para os meus ouvidos.   
Imagino que nem saibas, ou que não gostes de dançar sem estar com uma bebedeira enorme, mas espero que me deixes ensinar-te ou que, pelo menos, dances comigo por  saberes o quanto eu adoro dançar ao som da música, seja ela qual for.
Não serás ciumento, mas mesmo quando houver aquela pontinha de ciume, em vez de haver discussão, chegar-te-ás para mim mais do que o costume por saberes que pregar não resolve esses pequenos conflitos interiores.
Não seremos aborrecidos um para o outro e sabes porquê? Porque tu alinharás em quase todas as minhas maluqueiras do momento, assim como eu alinharei nas tuas. Há imensas coisas que se podem fazer por esse mundo fora.  Aquelas ideias brilhantes que eu tenho de vez em quando têm de ser feitas no momento e não no dia a seguir. Tu saberás disso. E nos dias em que me disseres “ai, não me apetece fazer isso!”, dar-me-às bons motivos para ficar em casa contigo.
Irei apoiar-te nos teus sonhos assim como espero que apoies os meus. Irei acreditar em ti por não me teres dado razões para o contrário e tu acreditarás em mim da mesma forma.
Irão haver discussões (e das grossas). Espero que me faças compreender quando estiver errada assim como eu espero que tenhas a capacidade de perceber quando errares. Também espero que nunca peças desculpa sem sentir que o tens de fazer assim como eu não o farei. Espero que me perdoes por ser tão agressiva e agarrada às minhas opiniões. Eu sou assim, e tu saberás dar-me a volta. Espero que partilhes as tuas ideias comigo, mesmo que eu tenha opiniões diferentes das tuas. Serão mais assuntos para debatermos com a ferocidade que nós os dois temos.
Nos dias em que eu estiver zangada espero que tu saibas lidar comigo, dando-me apenas um leve beijo, dizendo “se precisares de mim, estarei aqui” e deixando-me sozinha, porque sim, às vezes preciso de silêncio para refletir. Prometo saber lidar com o teu mau humor, da mesma forma que lidarás com o meu.
Naqueles momentos em que estiver para desistir irás dar-me boas razões para não  fazer, porque é assim, eu apoio-te a ti e tu apoias-me a mim.
Eu não espero que sejas a mesma pessoa como quando nos conhecermos para o resto da tua vida. Eventualmente, tu irás mudar e eu também. Assim, mudarei contigo e tu mudarás comigo. Cresceremos juntos e nunca separados.
Será tudo assim, eu sei.
Mal posso esperar para te conhecer, oh estranho! Tu, sim.