- Ouve, gosto dele. É inteligente, agressivo, o meu braço direito. Podia levar a empresa Parish & Comunications ao século XXI.
- E o que há de errando com isso? – perguntou ela com alguma confusão envidraçada no rosto.
- Para mim nada. Estou falando de ti. Não é sobre o que dizes sobre o Drew, é sobre o que não dizes. – falou o lado paternal e perocupado do pai.
- Se calhar não me andas ouvindo.
- Oh sim, escuto. Não há uma gota de emoção, nem o mínimo entusiasmo. Mostram a paixão de dois pinguins. Quero ver-te arrebatada, flutuar, cantar extasiada, dançar como um dervixe.
- Só isso? – respondeu ela com alguma surpresa e satisfação perante aquele pedido invulgar do pai.
- Sim. Sê delirantemente feliz ou predisposta a ser.
- Ser delirantemente feliz. Vou fazer o meu melhor.
- Sei que parece pieguice, mas amor é paixão, obcessão por alguém sem o qual não se pode viver. Atira-te de cabeça. Ama alguém que te corresponda de volta. Como vais encontrá-lo? Bem, esquece a cabeça e segue o coração. Eu não estou ouvindo nenhum coração. A verdade é que sem isso a vida não faz sentido. Terminar a longa jornada sem nos termos apaixonado profundamente... Bem, seria como nunca ter vivido. Tens de tentar, porque se não tentares, então não viveste.
- Ok, desculpa. Podes dizer-me de novo? Mas desta vez a parte mais curta.
- Mantém-te de mente aberta. Quem sabe? O céu pode-se abrir.
Thomas Newman
Whisper of a thrill
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